Pulsar
Idéias surgem, rompem, irrompem. Não podem ser contidas, mas devem ser domadas. Semear palavras como um desassossego da alma é permitir que a Criação seja refeita com o leve tempero da arte. Hoje eu escrevo, e amanhã transformo em imagens vivas. Cada ponto final é o desabrochar de uma nova letra, Maiúscula de vontades de se lançar às emoções. Roteirizo o que minha mente clama e o coração pulsa. Quero arquitetar os sentidos, e, ao semear a catarse, permito-me que as provocações se tornem o motor do eterno desejo do confronto interno, aquele em que Eu e Eu se digladiam. A única certeza é da imediata metamorfose do velho ao novo Eu, para amanhã teimar em olhar para si e novamente ansiar por aquela catarse que só as palavras podem gestar e transformar em liberdade.